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A sustentabilidade agrícola é um tema cada vez mais falado. Encontrar formas de produzir mais, mas como mínimo impacto ambiental é cada vez mais uma prioridade. Por isso, com vista à promoção da inovação de setor agrícola foram criados diversos grupos operacionais, dentro dos quais se destaca o Greentaste.  

Mas o que é um Grupo Operacional? 

O termo parece estranho, mas na verdade é bem simples de explicar! Os Grupos Operacionais nada mais são do que parcerias constituídas por entidades publicas ou privadas que têm como objetivo desenvolver um plano de ação. 

No fundo estes grupos operacionais são grupos de estudo que visam desenvolver planos de ação que visem dar suporte à inovação no setor agrícola. Para cada um dos grupos é disposto um problema concreto ou oportunidades à produção – no caso específico do Greentaste estamos a falar do tomate verde.  

Para este Grupo Operacional é fundamental estudar todas as potencialidades do tomate verde, procurando alternativas e estratégias que ajudem a perceber de que forma este pode ser aproveitado. Evitando-se o desperdício que muitas vezes ocorre após as colheitas do tomate. Aquilo que se pretende é criar produtos que de alguma forma sejam do agrado do consumidor e que façam este produto ter uma segunda vida – seja ou não através de produtos como: molhos ou temperos.  

Quais são os objetivos concretos deste Grupo Operacional? 

  • Diminuir o desperdício alimentar. Todos os anos várias toneladas de tomate acabam por ficar no solo, por isso é importante desenvolver formas de aproveitar industrialmente este alimento. Que ainda que verde, possui imensas potencialidades;  
  • Criar uma nova forma de rendimento. Com a enorme quantidade de alimentos que ficam na terra, pode ser criada uma nova fonte de rendimento, fazendo com que o produto consiga ser vendido a entidades competentes para a produção de produtos que cheguem até ao consumidor final.  
  • Promover a saúde e o bem-estar. Este Grupo Operacional irá focar-se também em perceber as potencialidades do tomate ainda verde e de que forma ele pode desempenhar impacto positivo na saúde do consumidor final. Estes estudos recaem sobre a análise de valores probióticos do produto fermentado.  
  • Criar uma nova gama de produtos. Visando o desperdício o que se pretende é criar um produto que seja agradável ao consumo. Para isso a aposta recai sobre o desenvolvimento de uma nova gama de molhos e temperos à base de tomate verde.  
  • Criar um mercado nacional mais competitivo. Quando falamos do mercado internacional de molhos e temperos, sabemos bem a sua competitividade. Por isso, queremos conseguir criar uma vantagem competitiva que vise a acompanhar as tendências deste mercado. Procurando apresentar produtos estrategicamente mais competitivos.  

A verdade é que cada Grupo Operacional possui o seu objetivo especifico, mas todos eles possuem três grandes objetivos em comum. Porque no fundo todo o trabalho é feito a pensar num bem maior. Desses objetivos gerais, destacamos três objetivos específicos:  

  • Potencialização da agricultura portuguesa: no caso do tomate, não fosse este um produto de forte representação no setor agrícola. 
  • Reduzir o desperdício: Neste caso, visando a diminuição do desperdício alimentar;  
  • Divulgar, promover e informar: Este grupo operacional à semelhança dos restantes, pretende estimular formas de consumo de hortifruticulturas que sejam livres de conservantes ou outro tipo de aditivos artificiais. A nossa saúde agradece, e o nosso ambiente também.  

Porque na verdade, cuidar do nosso ambienta também é cuidarmos de nós.  

Também faz parte do grupo de pessoas que sempre ouviu que o tomate verde não é bom para comer? Não se preocupe não é o único. Bem sabemos que o tomate verde não é tão vibrante quanto o vermelho. Pelo menos visualmente. Contudo o tomate verde possui quais os mesmos nutrientes vitais que o vermelho.  

Uma ótima dica para comer o tomate verde é optar pelos verdes firmes e de pele mais lisa. 

Nesta publicação, vamos fazer uma viagem pelos benefícios do tomate verde para a nossa saúde.  

  1. A saúde ocular  

Um tomate verde de tamanho médio é rico em betacaroteno antioxidante e vitamina A. Tendo assim um importante papel na prevenção de doenças que originam a degeneração ocular. Que em alguns casos com a idade acaba por ser a principal causa de cegueira.  

  1. A vitamina c – o seu forte papel imunológico 

É verdade! O tomate verde também é carregado de vitamina C. Não fosse esta uma vitamina que desempenha um papel muito importante na nossa função imunológica. Contribuindo assim para a prevenção de doenças de carácter cardiovascular. A vitamina C, também ajuda em muito o corpo a absorver o ferro de alimentos à base de planas. Como é o caso do feijão e a lentilha. Fazendo assim da combinação entre o tomate e legumes, uma combinação bastante acertada!  

  1. Hidratação 

O tomate tem na sua consistência 94% de água. O que o torna num enorme aliado em meses mais quentes. Acabando assim por ajudar na reposição de líquidos que acabam por se perder com a transpiração. Ou com a prática de exercício físico.  

Alimentos ricos em água, como o tomate, têm ainda a vantagem de ajudar na função digestiva.  

Sabia que para obter ainda mais benefícios de hidratação fazer gaspacho com tomate verde é uma ótima opção? Esta opção permitirá que desfrute deste preparado alguns dias e é uma ótima sugestão.  

  1. A vitamina K – coagulação do sangue 

Admitimos que para muitos esta pode ser uma vitamina desconhecida. Mas a vitamina K ajuda a garantir uma coagulação normal do sangue. Assim como a manter a força e a densidade óssea.   

  1. Fibra  

O tomate verde é uma fonte natural de fibra, o que pode ajudar no sistema intestinal e digestivo. A verdade é que introduzir na nossa alimentação, alimentos ricos em fibras contribuem para prevenir contra diversas doenças. Tal com é defendido pela Harvard School of Public Health .  

Outras curiosidades: Sabia que 1 chávena de tomate verde fornece cálcio e potássio? Aproximadamente 23 miligramas de cálcio e 367 de potássio.  O tomate verde possui ainda proteínas, fósforo e magnésio.  

A verdade é que nunca se pode descartar uma dieta rica e equilibrada. Não sendo de forma alguma o consumo de tomate verde a solução para nenhuma patologia. Ou défice do organismo. No fundo, o que contribuiu para uma vida saudável é a prática de exercício físico aliado ao uma dieta rica e variada.  

O tomate verde por sua vez, tem revelado bastantes benefícios, tornando-se cada vez mais um produto famoso. Mesmo junto de grandes chefes de cozinha.  

Vendo as potencialidades desde produto e com vista à redução de desperdício, este Grupo Operacional procura potencializar o seu consumo. Mostrando a sua qualidade e benefícios para a introdução da alimentação de todos nós.  

Desperdício Alimentar – Prejudica o Ambiente, Prejudica-nos a Todos

Nos dias que correm, como consumidores devemos ser mais conscientes das nossas escolhas. O que compramos, onde compramos, em que quantidades, de onde vêm estes produtos, como foram plantados – tudo questões importantes para as quais nem sempre é fácil encontrar resposta.  

A indústria da produção alimentar utiliza e desperdiça muitos recursos e só recentemente é que se começou a pensar na sustentabilidade desta indústria que tem um grande impacto ambiental.

Apesar disso, 50% do desperdício alimentar ocorre também nas nossas casas. Isso quer dizer que podemos solucionar metade deste problema mudando alguns dos nossos hábitos!

Dicas para Reduzir o Desperdício Alimentar em Casa

1. Planear

Planear antecipadamente as nossas refeições para a semana é uma forma de sabermos ao certo o que precisamos de comprar e em que quantidades. Podemos também planear consoante o que já temos em casa e complementar isso quando formos às compras. Há inclusive aplicações para o smartphone que nos sugerem receitas com base naquilo que temos em casa. 

Desta forma evitamos as compras de impulso e cria menus mais equilibrados e variados. 

2. Comprar

Sempre que possível, compre produtos:

a granel: nem todos as superfícies comerciais têm esta opção mas cada vez mais sítios têm. É mais eficiente comprar comida nas quantidades certas assim, e evitamos usar tantas embalagens também. 

locais: para além de serem mais frescos e nutritivos, evita-se a poluição dos transportes de longa distância e apoiamos os produtores locais. 

biológicos: estes produtos são produzidos sem pesticidas. Assim podemos aproveitar todo o produto, incluindo as cascas onde se acumulam tantos nutrientes – mas também os pesticidas no caso da agricultura não biológica. 

Há cada vez mais produtores que vendem cabazes de produtos biológicos de vários tamanhos, com várias opções de produtos e alguns até entregam ao domicílio.

feios e deformados: a qualidade é a mesma e o preço pode ser menor. Há iniciativas para combater o desperdício alimentar que se focam mesmo na revenda de produtos rejeitados por serem “feios”.

3. Prazos de Validade 

É útil sabermos as diferenças entre prazos de validade:  “Consumir até…” aplica-se a produtos perecíveis e é para ser levado à letra, já que quando os consumimos depois dessa data consumi-los corremos o risco de adoecer. “Consumir de preferência antes de…” aplica-se a produtos não perecíveis, embalados ou enlatados e, tal como o nome indica, é uma “preferência” – não é imediatamente lixo e é seguro consumi-los depois desta data.

Quando vemos promoções generosas ou o famoso “leve 2 pague 1” aplicado a produtos no fim da sua validade, devemos avaliar se precisamos mesmo dessa quantidade de produto ou se o barato vai acabar por sair caro.

4. Conservar e armazenar

Quando abastecemos o nosso frigorífico ou despensa devemos:

– Ter atenção à temperatura ideal para frigorífico (1 a 5º C) e do congelador (-15 a -18ºC);

– Cumprir as instruções das embalagens dos produtos;

– Organizar correctamente os produtos – quando compramos um novo produto este deve ser colocado atrás do mais antigo tanto no frigorífico como na despensa. Assim o produto mais antigo será o primeiro a ser utilizado; evitando assim tanto a formação de bolores como a utilização do produto com prazo mais longo em vez do produto com a validade mais curta.

5. Cozinhar

Quando preparamos as nossas refeições, devemos ter a certeza de que estamos a cozinhar doses adequadas ao número de pessoas que depois vai consumir essa refeição. 

No caso de não termos oportunidade de cozinhar diariamente e precisarmos de cozinhar mais refeições para outros dias, o ideal é depois congelar cada dose individualmente.  Na altura de servir devemos optar por porções mais pequenas e depois repetir se quisermos mais. Comer em demasia prejudica a saúde e conduz ao desperdício.

6. Aproveitar

O que fazer quando sobra comida?

Podemos guardá-la no frigorífico, preferencialmente dentro de um recipiente de vidro transparente que irá aguentar-se cerca de três dias desta forma. Podemos levar essa refeição para o trabalho ou consumi-la noutra ocasião.

Congelar pão às fatias, ervas aromáticas em cuvetes com azeite, fruta madura para fazer gelados batidos e bolos.

Fazer caldos, compotas, pickles, smoothies –  existem mil e uma receitas para aproveitamento de sobras ou diferentes formas de utilizar os ingredientes que temos. Estão à distância de um clique, são gratuitas e valem sempre a pena explorar!

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Portugal é um dos maiores produtores de tomate na União Europeia, sendo responsável, juntamente com Itália e Espanha, por fornecerem quase três quartos do fruto. 

A produção de tomate em Portugal é essencialmente de tomate para a indústria. O tomate industrial para produção de concentrado, destaca-se pela acentuada cor vermelha quer do exterior quer da polpa e esta seleção inicia-se logo no processo de apanha, quando as máquinas de colheita detetam e separam no campo, o tomate a partir da cor exterior. 

Sabia que*? 

  • na campanha de 2015, as máquinas de colheita deixaram nos campos uma média de 6 toneladas de tomate verde por hectare; 
  • o que equivale a um desperdício de 112 mil toneladas de tomate verde só numa campanha? 

segundo estudos do CCTI – Centro de Competências para o Tomate de Indústria 

É necessário valorizar na cadeia alimentar este tomate verde não colhido, através da criação de novos produtos. 

Nesse sentido, foram criados Grupos Operacionais (GO) que têm como objetivo a promoção da inovação no setor agrícola nacional no quadro da Parceria Europeia para a Inovação (PEI) para a produtividade e sustentabilidade agrícola. 

Grupos Operacionais, que objectivo? 

  • são parcerias constituídas por entidades de natureza pública ou privada que se propõem desenvolver um plano de ação visando a inovação no setor agrícola; 
  • em cooperação, desenvolvem esforços para realizar projetos de inovação que respondam a problemas concretos ou oportunidades que se coloquem à produção; 
  • contribuam para atingir os objetivos e prioridades do Desenvolvimento Rural, nas áreas temáticas consideradas prioritárias pelo setor tendo em vista a produtividade e sustentabilidade agrícolas. 

Tendo em conta este contexto e reconhecendo a importância económica e valor acrescentado, que traria ao setor agroindustrial o aproveitamento desta matéria-prima, tomate verde desperdiçado nas campanhas, foi criado um GO para se dedicar ao estudo desta possibilidade. A este GO chamou-se: GreenTaste. 

O objetivo principal do GreenTaste é criar uma nova base alimentar com potencial para a indústria de molhos e temperos, a partir da fermentação láctica controlada, de tomate não amadurecido. 

Entidades que integram o Grupo Operacional GreenTastedada a importância da cooperação entre os setores da investigação, produção e indústria: 

  • CCTi – Associação para a Investigação e Inovação no Setor (entidade líder do GO) 
  • EspiralPixel, Lda. 
  • Fruto Maior, Organização de Produtores Hortofrutícolas, Lda. 
  • INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária IP 
  • ISA – Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa 
  • ITALAGRO – Indústria de Transformação de Produtos Alimentares, S.A. 
  • Memória Silvestre, Lda. 
  • SAVA – Sociedade Agro-Pecuária do Vale da Adega, S.A. 
  • SAOC – Sociedade Agrícolaa Ortigão Costa, Lda. 
  • SOLUZER – Sociedade Agrícola, Lda. 
  • TOMATERRA – Organização de Produtores de Tomate CRL 

Sabia que? 

  • tomate verde pode ser usado no fabrico de diversos tipos de produtos/conservas alimentares, como: tomate verde frito, molho cocktail, molho tártaro, chutney, marmeladas; 
  • os vegetais fermentados são uma alternativa ao consumo de hortofrutícolas frescos, sendo isentos de adição de conservantes ou de outros aditivos sintéticos. 

tomate

GreenTaste é um projeto cofinanciado pena União Europeia, a decorrer até 2021 e que se dedica a estudar o potencial da utilização do tomate verde perdido anualmente nos campos na fase da campanha, de forma a que este possa vir a ser aproveitado e utilizado no nosso quotidiano. 

Acções em desenvolvimento: 

  • permitir a criação de uma nova gama de produtos nas indústrias de molhos e temperos, a partir da nova base; 
  • verificar o valor probiótico do fermentado conseguido, promovendo mais saúde e bem-estar; 
  • conseguir uma nova fonte de rendimento para os produtores agrícolas, dando viabilidade económica ao tomate rejeitado; 
  • anular o desperdício energético de produzir tomate que não é industrialmente aproveitado; 
  • caracterizar o mercado internacional de molhos e temperos, verificando a possibilidade de se conseguirem vantagens competitivas nacionais para acompanhar as tendências previstas; 
  • viabilizar o aumento de produção de tomate de indústria maduro (em valores absolutos), pela deslocação do ótimo económico para níveis de produção mais altos.

Agora que já sabe um pouco mais sobre as potencialidades do tomate verdeesteja atento à evolução dos trabalhos do GreenTaste. 

Acompanhe-nos em greentaste.pt e apoie a agricultura portuguesa! 

MORADA

Quinta das Pratas Av. 25 de Abril
2070-158 Cartaxo, Portugal

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