tomate-industrial

Portugal é um dos maiores produtores de tomate na União Europeia, sendo responsável, juntamente com Itália e Espanha, por fornecerem quase três quartos do fruto. 

A produção de tomate em Portugal é essencialmente de tomate para a indústria. O tomate industrial para produção de concentrado, destaca-se pela acentuada cor vermelha quer do exterior quer da polpa e esta seleção inicia-se logo no processo de apanha, quando as máquinas de colheita detetam e separam no campo, o tomate a partir da cor exterior. 

Sabia que*? 

  • na campanha de 2015, as máquinas de colheita deixaram nos campos uma média de 6 toneladas de tomate verde por hectare; 
  • o que equivale a um desperdício de 112 mil toneladas de tomate verde só numa campanha? 

segundo estudos do CCTI – Centro de Competências para o Tomate de Indústria 

É necessário valorizar na cadeia alimentar este tomate verde não colhido, através da criação de novos produtos. 

Nesse sentido, foram criados Grupos Operacionais (GO) que têm como objetivo a promoção da inovação no setor agrícola nacional no quadro da Parceria Europeia para a Inovação (PEI) para a produtividade e sustentabilidade agrícola. 

Grupos Operacionais, que objectivo? 

  • são parcerias constituídas por entidades de natureza pública ou privada que se propõem desenvolver um plano de ação visando a inovação no setor agrícola; 
  • em cooperação, desenvolvem esforços para realizar projetos de inovação que respondam a problemas concretos ou oportunidades que se coloquem à produção; 
  • contribuam para atingir os objetivos e prioridades do Desenvolvimento Rural, nas áreas temáticas consideradas prioritárias pelo setor tendo em vista a produtividade e sustentabilidade agrícolas. 

Tendo em conta este contexto e reconhecendo a importância económica e valor acrescentado, que traria ao setor agroindustrial o aproveitamento desta matéria-prima, tomate verde desperdiçado nas campanhas, foi criado um GO para se dedicar ao estudo desta possibilidade. A este GO chamou-se: GreenTaste. 

O objetivo principal do GreenTaste é criar uma nova base alimentar com potencial para a indústria de molhos e temperos, a partir da fermentação láctica controlada, de tomate não amadurecido. 

Entidades que integram o Grupo Operacional GreenTastedada a importância da cooperação entre os setores da investigação, produção e indústria: 

  • CCTi – Associação para a Investigação e Inovação no Setor (entidade líder do GO) 
  • EspiralPixel, Lda. 
  • Fruto Maior, Organização de Produtores Hortofrutícolas, Lda. 
  • INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária IP 
  • ISA – Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa 
  • ITALAGRO – Indústria de Transformação de Produtos Alimentares, S.A. 
  • Memória Silvestre, Lda. 
  • SAVA – Sociedade Agro-Pecuária do Vale da Adega, S.A. 
  • SAOC – Sociedade Agrícolaa Ortigão Costa, Lda. 
  • SOLUZER – Sociedade Agrícola, Lda. 
  • TOMATERRA – Organização de Produtores de Tomate CRL 

Sabia que? 

  • tomate verde pode ser usado no fabrico de diversos tipos de produtos/conservas alimentares, como: tomate verde frito, molho cocktail, molho tártaro, chutney, marmeladas; 
  • os vegetais fermentados são uma alternativa ao consumo de hortofrutícolas frescos, sendo isentos de adição de conservantes ou de outros aditivos sintéticos. 

tomate

GreenTaste é um projeto cofinanciado pena União Europeia, a decorrer até 2021 e que se dedica a estudar o potencial da utilização do tomate verde perdido anualmente nos campos na fase da campanha, de forma a que este possa vir a ser aproveitado e utilizado no nosso quotidiano. 

Acções em desenvolvimento: 

  • permitir a criação de uma nova gama de produtos nas indústrias de molhos e temperos, a partir da nova base; 
  • verificar o valor probiótico do fermentado conseguido, promovendo mais saúde e bem-estar; 
  • conseguir uma nova fonte de rendimento para os produtores agrícolas, dando viabilidade económica ao tomate rejeitado; 
  • anular o desperdício energético de produzir tomate que não é industrialmente aproveitado; 
  • caracterizar o mercado internacional de molhos e temperos, verificando a possibilidade de se conseguirem vantagens competitivas nacionais para acompanhar as tendências previstas; 
  • viabilizar o aumento de produção de tomate de indústria maduro (em valores absolutos), pela deslocação do ótimo económico para níveis de produção mais altos.

Agora que já sabe um pouco mais sobre as potencialidades do tomate verdeesteja atento à evolução dos trabalhos do GreenTaste. 

Acompanhe-nos em greentaste.pt e apoie a agricultura portuguesa! 

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